sábado, 18 de agosto de 2007

A maldita escola dos meus (II)


A terra de leite e mel,
Não é do secular, nem com ela
Sonho nessa antropodiceia.
Na estranha escola dos meus
Anseia-se pela unidade,
Mas a sementeira é a discórdia;

Como percebo o aureolado antigo;
O filósofo berbere para quem
A pátria se tornou exílio.
Na escola dos meus a minha esperança
Não se verga perante vontades alheias;
Nem do tortuoso, nem do nivelado;
Nem do douto nem do néscio.

Na escola do meus
Não seguirei o Taciturno de Orange;
Nem abalarei as colunas do vento.
Os vitupérios começam a ter sabor de vitória
E o meu modo de falar será “sim, sim, não, não”
É o que me pede o jovem Galileu.

4 comentários:

Eurídice Monteiro disse...

A DOR DAS RAÍZES


Sem querer
Cantas as tuas raízes
Escondidas entre as rochas

Maltratado pela angústia
Soluças o teu desconforto
Seco de tanto esperar

Protegido pelo muro da academia
Rodopias entre as luzes
Embutidas sobre prismas de escuridão

Mesmo xingando, gritando e fugindo
Para o teu próprio desespero
Palpitas esperança nas montanhas e nos vales

Eury

Anônimo disse...

Tenho vindo a tentar percorrer a estrada para Damasco no que toca ao amor pela pátria. Ainda não caí do cavalo (e não acredito que tal venha a acontecer) porque o reluzir do sol, que se estende sobre os mortais naquelas nesónicas paragens, não me convence como a luz vinda do céu foi o turning point para o zeloso judeu de Tarso.

Anônimo disse...

Jair, queres ir para a Pasárgada ou... mudamos o Mundo que temos?...
Um beijo cheio de Verdade.

Jairzinho Pereira (Jair) disse...

Sugiro que continuemos a ser nós próprios e virados para a consistência do self. Eis o melhor desafio que podemos lançar ao mundo. Para pasárgada sim... mas nunca fora de nós. Por isso, sugiro a nossa habitual viagem interior.

Um abração;