terça-feira, 7 de outubro de 2008

Irmão Victor!

Um pedestal térreo, cortado,
ombreia com as montanhas,
capitaneia o vale ancorado;
canta os feitos e as façanhas
do instante e do esperado.
De Cachéu, dizem,
veio o irmão Victor.

Com espartana disciplina,
desagrada todos os gregos,
para os troianos não se inclina.
"Olhai e vede, não sejais cegos"
pouco fina, mesmo pouco fina
a voz que, sobrepondo o ceremonial,
vocifera " profundamente colonial".

Livre, estóico, quase peripatético;
solto, irmão, dado à amizade, bem querer;
ermitão, nas horas vagas, nada de ascético
eudaimonia é tudo o que quer.
Leal ao self e arrojado no desafio.
É o meu irmão Victor.